sexta-feira, 9 de março de 2007

Quem somos!














O COLÉGIO:




O INED NEVOGILDE – Instituto de Educação e Desenvolvimento – é um colégio que se situa na freguesia de Nevogilde, concelho e distrito do Porto, e cujo projecto educativo conta com uma elevada componente tecnológica, em particular das tecnologias da informação. Este projecto dispõe de uma liderança forte e conta com um corpo docente de qualidade já entrosado nas ideias e na prática do projecto. Os seus objectivos são a educação integral com vista ao desenvolvimento, usando a tecnologia de ponta disponível. Em particular, e para além dos objectivos curriculares legalmente estabelecidos e aproveitando as actividades de complemento curricular, destacam-se e sintetizam-se os meios e os objectivos.


A TURMA E O NOSSO PROJECTO:




A nossa turma (12º A) é constituída por onze alunos das áreas científico-tecnológica e socioeconómica, com idades compreendidas entre os 17 e os 18 anos, residentes na área metropolitana do Porto. Este ano, inserida no currículo do ensino secundário, frequentamos a Área de Projecto.

A Área de Projecto tem o objectivo central de envolver os alunos na concepção, realização e avaliação de projectos, permitindo-lhe articular saberes de diversas áreas curriculares em torno de problemas ou temas de pesquisa ou de intervenção. A Área de projecto tem como finalidades desenvolver competências sociais, tais como a comunicação, o trabalho em equipa, a gestão de conflitos e a avaliação de processos, aprender a resolver problemas, partindo das situações e dos recursos existentes, promover a integração de saberes através da sua aplicação contextualizada e desenvolver competências sociais, tais como a comunicação, o trabalho em equipa, a gestão de conflitos e a avaliação de processos.
No âmbito da área de projecto foi-nos proposta a realização de um projecto a desenvolver ao longo do ano acerca de um tema escolhido por nós.



O tema que decidimos desenvolver foi “ O Consumismo” .




Se desejar conhecer-nos um pouco melhor, visite-nos em:


Reflexões..

A nossa vida é influenciada em grande medida pelos jornais. A publicidade é feita unicamente no interesse dos produtores e nunca dos consumidores.

Por exemplo, convenceu-se o público de que o pão branco é superior ao pão escuro. A farinha, cada vez mais finamente peneirada, foi privada dos seus princípios mais úteis. Mas conserva-se melhor e o pão faz-se mais facilmente. Os moleiros e os padeiros ganham mais dinheiro. Os consumidores comem, sem o saber, um produto inferior. E em todos os países em que o pão é a parte principal da alimentação, as populações degeneram. Gastam-se enormes quantias na publicidade comercial.

Assim, imensos produtos alimentares e farmacêuticos inúteis, e muitas vezes prejudiciais, tornaram-se uma necessidade para os homens civilizados. Deste modo, a avidez dos indivíduos suficientemente hábeis para orientar o gosto das massas populares para os produtos à venda desempenha um papel capital na nossa civilização.

O CONSUMISMO CULTURAL

Sabe-se que vivemos na era do consumo. E para muitos, o consumo desenfreado é mau, porque desperdiça recursos, destrói o ambiente, fomenta o capitalismo selvagem, promove a superficialidade e o materialismo...

Com uma invisível excepção toda a gente é a favor do consumismo cultural.

Clicando pelos blogs, vê-se muita gente a qualificar livros, CDs, DVDs de "imprescindíveis", a ufanarem-se de "já tenho o meu exemplar", a lamentarem-se da falta de dinheiro para comprar mais livros, CDs, DVDs ou de espaço para os guardarem em casa, a referirem repetidas visitas a lojas ou megastores do ramo, a confessarem-se "bibliófilos", "cinéfilos", "melómanos". E há blogs exclusivamente sobre livros, sobre música, sobre cinema. E isto aos milhares por semana.

Inversamente, quantos posts há elogiando o bacalhau demolhado da Noruega? Quantos blogs há sobre cervejas ou carros? Quantos confessam perderem a cabeça no Pingo Doce? Quem foi a última pessoa que ouviram dizer com orgulho que era "atunófila"?

Não que eu queira negar aqui o prazer de ler um bom livro, ouvir boa música, ver bons filmes, mas porque é que o consumo desenfreado de livros (muitos dos quais, provavelmente, nunca serão lidos) é motivo de vaidade e o consumo desenfreado de toalhas de banho é um embaraço?

E, no meio de tantas preocupações ecológicas, porque é que não se ouve falar do consumo de recursos naturais que estas indústrias implicam? Alguma vez alguém deixou de comprar um livro pelas árvores e água que destrói e os químicos que contém? E, no entanto, a indústria do papel é a quinta maior consumidora de energia do mundo, a maior consumidora de água e usa numerosos químicos poluentes para branquear e tornar mais macio o papel.

Pois é, parece que o prestígio cultural e civilizacional, a "elevação espiritual" legítima alguns "consumismos desenfreados". No entanto, muitos livros não passam de ideias e palavras recauchutadas de outros livros, muitos filmes servem apenas para acompanhar com pipocas ou satisfazer egos e há músicas que estão ao nível de trauteios de duche.

Porque, por muito que gostemos da arte, isso não pode servir para desculpar ou fingir que por trás não existe uma indústria.
Publicado por Jorge Palinhos, dia 25 de Novembro